16.7.10

Coisas bem brasileiras

Duas coisas bem brasileiras: samba e atear fogo na própria casa para pleitear na Prefeitura uma indenização.

Duas coisas bem brasileiras: feijoada e furar filas.

Duas coisas bem brasileiras: caipirinha e forjar laudos de perícia para se aposentar por invalidez pelo INSS.

Duas coisas bem brasileiras: bunda e reclamar da ineficiência dos órgãos públicos vendendo o voto por uma caixa de cerveja.

Duas coisas bem brasileiras: futebol e comprar produto roubado porque é barato, achando absurdo a situação da criminalidade no país.

Duas coisas bem brasileiras: belezas naturais e bituca de cigarro na calçada.

Duas coisas bem brasileiras: povo alegre e que combate a violência a pauladas.

Duas coisas bem brasileiras: Carnaval e bandidos travestidos de movimentos sociais com a chancela do Governo.

É tudo coisa nossa.

14.7.10

Como entender as mulheres.

Depois de muitos meses, voltei a escrever, e acredito que teremos algumas atualizações aqui no Plisnou novamente.
O texto de hoje não é de autoria minha. É um texto que eu vi no blog do Rafa Barbosa (ótimo blog), mas como eu achei um ótimo texto, e acredito que todos os homens que virem a ler este texto irão se indentificar, nem que seja em uma lembrança de uma fase do passado.

Enquanto eu estava lá, achando que teria todas as chances do mundo com alguma garota, para ela, eu era só o amigo que fazia piadinhas engraçadas, comentários sagazes, comprava chocolates, mandava mensagens de celular e ouvia os problemas amorosos dela. Sim, eu era um amigo sem pênis na cabeça dela. Um ser assexuado. Eu era quase um diário. Mas, ao invés de só escrever, ela me contava e eu dava algum conselho que só me fodia cada vez mais. E assim eu passei a minha adolescência/início da vida adulta.

Era todo romântico com essas garotas. Fazia todas essas babaquices que rapazes apaixonados fazem com a esperança de que um dia estaria me divertindo sexualmente naquelas carnes. Não sei a quem eu estava enganando, afinal.

Daí, que a história sempre terminava da mesma maneira. A amizade prevalecia pra elas e a minha auto-estima ia lá pra baixo, no seu cantinho escuro e cheio de mofo. Mas onde ela era feliz.

Um dia eu comecei a namorar. Aí sim. Eu pude exercer o meu romantismo sem medo de ser feliz. Escrevia coisas bonitas no blog, no fotolog e no Orkut. Mandava mensagens de amor, ligava todos os dias e dava presentinhos que lembravam o namoro. Tudo lindo.

Mas, aí, vendo todas essas coisas, as garotas que tantas vezes me colocaram na friend zone, ou, como é conhecida – página dos caras sem a menor chance -, vinham comentar comigo no MSN que adorariam ter um namorado que fizesse as mesmas coisas que eu fazia pela minha namorada.

What the fuck?

Eu sempre estive aqui. Fazendo as mesmas coisas sem nem ao menos ter algum tipo de compromisso com você e, quando eu finalmente consigo me dar bem em um relacionamento, vem falar que gostaria de alguém que fizesse o mesmo?

Eu sempre fiz o mesmo.

Isso só me fazia pensar uma coisa: qualquer cara no mundo que fizesse essas coisas, teria a total atenção e o amor da garota, desde que esse cara não se chamasse Rafael, fosse parecido comigo e, pera aí, fosse eu. Aquele papo de “o problema sou eu” nunca fez tanto sentido quanto nessa época. E, acho que faz até hoje. Afinal, continuo sendo esse cara, né?

É realmente complicado entender a mente feminina e todas as vertentes comportamentais dela. Se você é romântico, elas preferem os caras cafajestes. Se você arruma uma namorada, elas resolvem brotar do nada dando mole e dizendo que adorariam ter alguém que fizesse as mesmas coisas que você faz pela sua garota. É um paradoxo.

Eu só sei que no final, “é uma verdade universalmente aceita que uma mulher, em posse de um coração apaixonado, necessita de mais corações apaixonados. E nunca tal verdade foi mais inquestionável do que durante a minha vida”.