14.4.12

Musicoterapia

Fica aqui a dica do final de semana.

Qual rapaz pré-adolescente nunca foi o relatdo neste ótimo clipe da banda Vanguart?

Simplesmente demais!


12.4.12

Para bailar La Bomba!

Às vezes vejo as pessoas tensas no trânsito, numa partida de futebol ou no escritório e penso: “eles precisavam trabalhar um tempo no Esquadrão Anti-Bomba”. Aquilo sim é tenso.

Digo isso porque já trabalhei no Esquadrão Anti-Bomba. Entrei porque eles ofereciam horas prolongadas de almoço e um belo uniforme azul marinho de malha boa.

O dia a dia não era moleza, no entanto. Não bastava apenas seguir as instruções. Lembro-me, por exemplo, do Matheus Boca-de-Latrina. Era só cortar o fio vermelho, no lugar do azul. Mas o pobre homem era daltônico. Foi para os ares, em pedacinhos.

Eu não queria ter o mesmo destino de Matheus Boca-de-Latrina e, por garantia, andava sempre com uma tabela de cores que encontrei em uma revista de decoração. Ajudou em um caso onde a bomba tinha três fios, nas cores fúcsia, esmeralda e marfim. Cortei o fio fúcsia e fiz com os outros dois lindos arranjos para a sala de jantar.

O Esquadrão Anti-Bomba é para homens frios e calculistas. Tudo parece conspirar contra: o suor escorrendo por cima dos olhos, a tremedeira provocada pelas descargas de adrelina, o desconforto de estar espremido sob um carro-bomba, a cueca pinicando. E o tempo. Ah, o tempo, esse implacável inimigo.

O tempo pode ser traiçoeiro. Como quando eu fui desarmar uma bomba-relógio. No entanto, ela estava programada no fuso-horário de Macau. Quando descobri, já era tarde demais. A bomba explodiu e estragou o meu belo uniforme azul marinho.

Se tem uma coisa que acaba com a sua carreira no Esquadrão Anti-Bomba é estragar o uniforme. Até hoje estou pagando a conta da lavanderia.