Ele em sua camisa forçada, seus 20 e poucos anos, mas com aquele espírito de adolescente, vontade de trocar o cinto apertado e o crachá por uma calça jeans surrada combinando com seu velho All Star e sentindo saudades do seu cabelo cumprido e do tempo que sua maior realização seria uma tatuagem para estampar sua rebeldia.
Hoje trabalhando em uma grande empresa, assumindo o papel de gente grande, ganhando responsabilidades e com medo de crescer tarde de mais.
E Ela. Ela não se sabe. Morena, cabelos lisos bem cuidados e sempre bem arrumada e de ar sério. Mas isso é o que se vê, mas quem seria ela de verdade? Talvez uma simples estudante estagiária, ou quem sabe uma advogada ou até mesmo uma grande executiva. Mas e sua essência? Teria ela também uma porção de dúvidas e incertezas? Seria ela insegura, ou pelo contrário? No alto de seus sapatos seria cheia de si mesma e com a certeza de que poderia conquistar o mundo?
Estaria ela sozinha ou acompanhada? Quem sabe guarda no coração um amor não correspondido.
Mas eles se encontram! Sim. Todas as manhãs, na parade de ônibus, rotineiramente e ás vezes até sentam próximos. Chegam a se pexar também no horário de almoço, já que irônicamente também descem na mesma parada pois trabalham no mesmo prédio. Ele o mesmo sonhador de sempre, mas e ela? Continuamos sem saber.
Dias passaram, talvez até meses, em que aqueles minutos na viagem diária dentro do ônibus eram intrigantes e instigantes.
Até que um dia ela parou de pegar o ônibus. Mudou de emprego? Foi demitida? Promovida? Apenas fazendo outro horário? Quem sabe mudou de cidade?! Também não se sabe! Só se sabe que o sonhador ficou mais uma vez com seus inúmeros sonhos.
Custava ter dado um oi?
12.4.11
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