Esse texto é sobre o sexo que acontece antes da transa.
Esse mesmo: aquele fruto com sabor adocicado, recém mordido, cheio de vontade de mais. O sexo imaginário. Aquela dança que o cérebro nos manda seguir. Melódica e compassada, cheia de detalhes sórdidos e acordes afinados.
Aquele cheiro de pele suada, de perfume derretido entre lençóis. Com gosto de morango, chantilly e gozo. O sexo que não tem data marcada ou prevista, muito menos a certeza de que realmente acontecerá.
O sexo imaginário, aquele feito mil vezes antes de sentir o gosto real. Imaginar os detalhes. Arrepiar-se sozinho, só de fechar os olhos.
Despir com a mente, apertar o travesseiro na vontade de que ele fosse o corpo nu daquela ruiva que lhe ocupa vários momentos do dia.
Muitas vezes até melhor que na vida real, o sexo imaginário desperta desejos ocultos, curiosidades intensas e libidos fortes. Exala paixão quem transa com os olhos. E o melhor de tudo, pode ser feito em público sem atentado ao pudor.
Falta de pudor nos olhos. Sexo feito na sintonia de um olhar. Sem precisar dizer uma só palavra, sentir-se molhar.
Quem nunca?
18.3.12
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